Só uma palavra sobre a Quaresma.

Posted on 18:13 | By Wagner Gama | In , , ,


Nesta última quarta-feira, 9 de Março, iniciou-se um novo tempo Quaresmal, um tempo onde a igreja nos convida a trilharmos um caminho de preparação em vista da Páscoa de nosso Senhor . Quaresma é esse período de 40 dias que antecede a semana santa que se encerra com a Páscoa de Cristo, que para nós cristãos, é a maior festa da igreja, pois é quando Jesus se despoja inteiramente de si, ofertando a sua vida por cada um de nós, para nos dá vida nova. Neste tempo unimos a nossa vida à de todos os cristãos em três grandes graças que Cristo nos apresenta: Jejum, esmola e oração.

O jejum, que nos faz lembrar que não só de pão vive o homem, mais de toda palavra de Deus. É através do jejum que mortificamos nossa carne e purificamos nossa alma, contribui para auto domínio sobre os instintos e para liberdade de coração. A esmola, que segue o ritmo das obras de misericórdia, neste caso a corporal, que consistem, sobretudo em dar de comer a quem tem fome e dar de beber a quem tem sede, é um dos principais testemunhos de caridade e uma pratica de justiça que agrada a Deus “Quem tiver duas túnicas, reparta-as com quem não tem, quem tiver o que comer, faça o mesmo” (Lc 3,11), nos ensina a sermos mais solidário com nossos irmãos. E por fim a oração, que nos abre para escutar de Cristo os verdadeiros mandatos para este tempo, Jesus orou durante os quarenta dias que passou no deserto e foi a oração que fortificou para sua paixão, morte e ressurreição.

Neste tempo de uma forma mais profunda também somos chamado à conversão, esse dinamismo de conversão e penitência foi descrito na parábola do “filho pródigo”, cujo centro é o “Pai das misericórdias”: a ilusão de uma falsa liberdade, o abandono da casa paterna; a extrema miséria que se encontra o filho depois de esbanjar a sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de se declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento e a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo de conversão. A túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida do homem que volta para Deus.

Coloquemos nosso coração e nossa vida nas mãos do Senhor, para que assim como o filho pródigo encontrou acolhimento nos braços do pai, nós, pelo caminho de preparação da Quaresma também sejamos acolhidos na alegria da ressurreição.

Referência: Catecismo da Igreja Católica. 1434, 1439, 2447, 2462

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